FREIO AUTOMOTIVO

TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER PARA NÃO CORRER PERIGO

O sistema de freio automotivo é um dos itens que mais afetam a segurança ao dirigir um veículo — junto à suspensão e à direção. Conhecê-lo bem e entender o seu funcionamento são questões essenciais para manter o carro sempre em ordem e não correr riscos.

O que é e qual é a função do sistema de freio em um veículo?

O sistema de freio automotivo é composto por uma série de itens que funcionam em conjunto para desacelerar e parar completamente um veículo. Além disso, ele é responsável por manter o carro parado quando estacionado.

Esse sistema costuma ter dois modos de acionamento manual: pedal e alavanca. Alguns modelos mais modernos de carros contam também com um acionamento automático.

Ao utilizar uma série de sensores para detectar possíveis colisões, ele freia automaticamente o automóvel sempre que um sinal de perigo for constatado.

Em veículos leves, o sistema de freio se divide em dois tipos: a disco ou tambor, ambos hidráulicos. Nos pesados, como ônibus e caminhões, são encontrados os freios a ar — ou pneumáticos.

Quais são os principais componentes?

Cada componente do sistema de freio automotivo tem funções específicas. Conhecer cada item e suas aplicações é essencial para facilitar a compreensão do funcionamento desse conjunto e também para entender como cada peça afeta o seu desempenho. Vamos conferir!

Pedal

É a peça mais lembrada quando se fala do acionamento do sistema de freio. Afinal de contas, é a única parte com a qual o motorista tem contato durante a condução do veículo. O funcionamento é bem básico e familiar para todos: quando o pedal é pressionado, as rodas do veículo são bloqueadas.

Alavanca

Já aqui, temos o segundo componente de acionamento dos freios. No entanto, quando acionado, provoca apenas a frenagem das rodas traseiras. Inclusive, é por esse motivo que o freio de mão só é indicado para manter o veículo parado, e nunca para reduzir a sua velocidade.

Um detalhe importante sobre o pedal e a alavanca é que ambos os sistemas são independentes um do outro. Enquanto o pedal usa um conjunto hidráulico para movimentar os componentes que desaceleram as rodas, o freio de mão aciona diretamente os dispositivos de travagem por meio de um cabo de aço.

Disco de freio

O disco de freio tem formato circular, sendo semelhante a um CD ou DVD. Ele fica conectado à roda, acompanhando seu movimento, e é utilizado para desacelerar e parar o carro quando um material abrasivo é pressionado contra ele. Normalmente, é composto por ferro fundido ou carbono.

Tambor

O tambor tem a mesma função do disco de freio, que é gerar atrito para desaceleração do veículo. Ele tem o formato semelhante ao de uma panela e, normalmente, atua nas rodas traseiras do veículo. Em geral, é fabricado em ferro fundido.

Pastilha

Já aqui, temos um componente de fricção. Essa é uma das principais peças responsáveis pela desaceleração, uma vez que a geração de aumento de atrito amplia a resistência contra o deslocamento, o que faz com que o veículo perca velocidade.

Outro detalhe importante é que as pastilhas são usadas exclusivamente nos sistemas de freio a disco. Os materiais mais comuns utilizados na sua fabricação são resinas fenólicas, grafite, pó de ferro, carbono, entre outros. Há algum tempo, usava-se também o amianto. Porém, por ser nocivo à saúde, foi gradativamente sendo substituído.

Lona

Essa é outra solução de atrito para a desaceleração. No entanto, como lonas equipam os sistemas de freio a tambor, costumam equipar veículos mais antigos ou populares. No funcionamento, não existem segredos. As lonas se aproximam do tambor, provocando atrito e resultando na perda de velocidade.

Pinça

A pinça é o atuador do sistema de freio a disco. Além de servir de suporte e proteção para pastilhas, é responsável por pressioná-las contra o disco por meio de um ou mais cilindros hidráulicos com pistões internos.

São chamadas de pinças flutuantes ou deslizantes quando têm apenas um cilindro. Versões com mais de um pistão são chamadas de pinças do tipo fixas. Normalmente, são fabricadas em ferro fundido.

Sapata de freio

As sapatas são encontradas nos sistemas a tambor. Elas têm um formato semicírculo e sua função é apoiar as lonas , servindo de suporte..

Servo freio

A função do servo freio — ou multiplicador de força — é aumentar e distribuir uma força exercida pelo pedal por meio do diferencial de pressão. Com isso, o motorista consegue parar o veículo sem fazer muito esforço. Ele aproveita o vácuo gerado pelo motor para realizar essa tarefa. Isso explica porque o pedal fica muito duro quando o veículo está desligado.

Cilindro de roda

O cilindro de roda faz parte do sistema a tambor e é responsável por movimentar as sapatas, sendo o atuador do sistema de freio a tambor. Ele faz isso por meio de pistões — ou êmbolos — que, quando acionados pelo fluido hidráulico, empurram as lonas contra o tambor, bloqueando o movimento das rodas.

Cilindro mestre

Esse componente tem forma cilíndrica e um ou dois pistões, além de um reservatório para fluido, que pode ser integrado ou independente. É responsável por converter força mecânica em pressão hidráulica e, geralmente, é fabricado em ferro fundido ou alumínio.

Fluido

O fluido é um dos componentes mais importantes do freio. Ele é o responsável pela transferência de movimento fazendo com que todo o sistema hidráulico funcione de forma eficiente. É feito à base de glicol ou silicone e classificado de acordo com a sua composição e ponto de ebulição.

Cabo de freio

Ao puxar a alavanca do freio, um cabo de aço é acionado e  às sapatas por sua vez, são pressionadas contra o tambor de freio.

Tubulação

Para que o Sistema hidráulico funcione  são usados alguns canos, que podem ser rígidos ou flexíveis. As tubulações rígidas e as flexíveis costumam ser encontradas nylon, aço ou em várias combinações entre esses materiais. As maleáveis são necessárias para acompanhar os movimentos das rodas do veículo.

ABS e EBD

Esses dois sistemas trabalham em conjunto com o freio para aprimorar o seu desempenho. O Sistema Antibloqueio do Freio (ABS) é um dispositivo auxiliar que evita o travamento das rodas durante freadas bruscas.

Isso é extremamente importante, pois diminui a distância e o tempo de parada do automóvel, reduzindo bastante a probabilidade de acidentes. Desde 2014, todo veículo novo comercializado no Brasil deve estar equipado com ABS.

O EBD, ou Distribuição Eletrônica de Frenagem, controla a força de frenagem enviada às rodas do veículo. Ele trabalha em conjunto com o ABS e evita que o carro derrape, especialmente quando há muito peso no automóvel e ele é freado durante uma curva.

Como funciona esse sistema?

Agora que você conhece os principais componentes de um sistema de freio automotivo, que tal aprender como eles trabalham em conjunto para reduzir a velocidade e parar o veículo?

Para compreender o princípio básico de funcionamento do sistema, vamos usar o exemplo de um veículo padrão, com o freio a disco na frente e o tambor na parte traseira — modelo encontrado na maioria dos carros comercializados no Brasil.

Ao pressionar o pedal, o movimento é transferido ao servo freio por meio de uma alavanca. Ele, então, amplifica e entrega a força gerada ao cilindro mestre.

Uma vez que isso acontece, o fluido hidráulico é empurrado e conduzido aos demais componentes pela tubulação do sistema. Depois da etapa do cilindro mestre, o freio funciona de duas formas diferentes, a partir do modelo.

Freio a tambor

O fluido hidráulico empurrado pelo cilindro mestre é enviado ao cilindro de roda. Então, ele aciona um par de pistões conectados às sapatas de freio — nas quais as lonas estão instaladas. Por sua vez, elas são forçadas contra a parede interna do tambor, fazendo com que a velocidade das rodas sejam reduzidas.

Ao soltar o pedal de freio, um sistema de molas força os pistões e sapatas a voltarem às suas posições de origem, liberando as rodas para girar normalmente.

Freio a disco

No sistema de freio a disco, o fluido hidráulico é enviado ao pistão (ou pistões da pinça). Eles forçam as pastilhas contra o disco, gerando muito atrito — necessário para reduzir a velocidade das rodas.

Em cada pinça, são encontradas duas pastilhas posicionadas uma em cada lado do disco e alinhadas entre si. Quando o pedal do freio é liberado, o fluido para de exercer força nos pistões da pinça e as pastilhas são afastadas do disco.

Freio de mão

Por ser um dispositivo de segurança, ele tem que funcionar de forma independente em relação ao sistema hidráulico de frenagem. Quando a alavanca de freio de mão é puxada, ela aciona um cabo de aço, que está conectado às sapatas.

Por sua vez, elas são movimentadas e pressionam as lonas contra a parede do tambor — mesmo que o pedal não tenha sido acionado. Quando a alavanca do freio de mão é movimentada para baixo, o cabo de aço é liberado, as sapatas deixam de ser forçadas contra o tambor e as rodas ficam livres para girar.

Freio a ar

Por último, e não menos importante, temos o freio dos caminhões. Também conhecidos como sistemas de frenagem pneumáticos, esses projetos trabalham com ar comprimido, entregando uma desaceleração rigorosa e compatível com o peso do veículo.

Quanto ao funcionamento, tudo começa no compressor de ar. Esse componente faz a admissão do ar paralelamente ao motor. Então, o compressor mantém esse ar com uma alta taxa de compressão e o dispara para o regulador — o componente responsável por gerenciar a pressão e a intensidade para o trabalho dos freios.

Quais são as vantagens e desvantagens do freio a disco e a tambor?

Como quase tudo na vida, os dois sistemas têm vantagens e desvantagens. Os principais benefícios do modelo a tambor estão relacionados à durabilidade e ao seu custo mais baixo — quando comparados a outros modelos. Porém, ele tem um desempenho inferior aos freios a disco, especialmente quando as lonas estão molhadas.

O freio a disco, por outro lado, não sofre perda significativa de eficiência quando molhado e não necessita de ajustes ao longo do uso. Contudo, ele é mais caro e apresenta desgastes mais rapidamente, sobretudo quando são utilizadas pastilhas fabricadas com materiais inferiores.

Como testar o freio do carro?

O teste de freio deve ser feito enquanto se dirige o veículo nas ruas e estradas. Ao acioná-lo, você deve observar o tempo de resposta para parar o carro, bem como se emite ruídos agudos e trepida.

Quais sinais indicam desgaste nos componentes?

Independentemente de ser um disco ou um tambor, você precisa atentar aos sinais de desgaste nos componentes para evitar problemas no sistema de freio. Afinal, ele é diretamente responsável pela sua segurança ao dirigir. Vamos conhecer alguns dos indicativos mais comuns de problemas?

Carro desviando para um lado durante a frenagem

Quando você pisa no pedal, o carro tende a virar para um dos lados? Isso pode significar que o sistema de freio automotivo tem alguns problemas. Acontece, por exemplo, quando os êmbolos da pinça estão prendendo — por oxidação ou por defeito. Essa falha causa o desgaste prematuro das pastilhas, fazendo com que as rodas recebam forças de frenagem diferentes.

Mangueiras presas e discos de freio empenados também podem causar esse problema, mas, normalmente, vêm associados a outros sintomas, como vibrações e alterações no pedal. Se o carro desvia para os lados durante a condução, componentes da suspensão, direção, rodas e pneus também devem ser inspecionados.

Ruídos agudos

Ruídos não são um indicativo muito bom, mas, nem sempre, estão associados a uma falha. Especialmente quando as pastilhas ou lonas são trocadas, é normal que façam barulho por um tempo até que estejam totalmente assentadas.

No entanto, se o barulho persistir ou aparecer após muito tempo de uso do veículo, é preciso verificar se as pastilhas ou lonas foram instaladas incorretamente ou se estão desgastadas.

Vibrações

Em carros que têm ABS, é normal que, em frenagens mais bruscas, o pedal de freio vibre um pouco. Porém, se a vibração durante a frenagem se estender ao volante, pode haver problemas.

O empenamento do disco ou a deformação no tambor são alguns dos defeitos que causam esse sintoma. O cubo de roda empenado também pode gerar o mesmo sinal.

Tome cuidado com diagnósticos incorretos! Se o volante trepida, mesmo sem o acionamento do freio, é provável que existam falhas em outros componentes — como rodas não balanceadas ou folgas nos sistemas de direção.

Pedal muito duro ou muito baixo

Quando você pressiona o pedal do freio e percebe que ele está muito duro, as causas podem ser:

servo freio com problema;
material de atrito de origem duvidosa;
problemas entre o pedal e o servo freio.

Caso o pedal esteja muito baixo — quase tocando o assoalho —, significa que, provavelmente existem vazamentos no sistema hidráulico  ou desgaste dos componentes do cilindro mestre.

Em geral, esses sintomas são acompanhados pela redução do nível de fluido no reservatório. Pode acontecer, também, de o pedal começar a baixar conforme o uso devido a contaminação do fluido por água decorrente de falta de manutenção preventiva ou ar na tubulação.

Como fazer a manutenção do sistema de freio automotivo?

Se você notar qualquer sinal de problema no freio, não deixe de procurar um especialista. Apesar de parecer simples, há muitos detalhes — como tirar o ar do sistema após a troca de componentes — que não podem ser ignorados. Assim, somente um profissional qualificado terá condições de fazer a correta manutenção, bem como os reparos necessários para obter o máximo desempenho.

Uma boa dica é sempre prestar atenção ao nível do fluido e à altura do pedal. Nível baixando e pedal desconfortável são sinais de que algo está errado. Porém, a melhor forma de garantir que o veículo sempre estará em ordem é não esperar um problema acontecer para fazer a revisão do carro. Veja algumas dicas!

Faça a manutenção preventiva do veículo

A manutenção preventiva antecipa problemas e evita que pequenas falhas se tornem uma tremenda dor de cabeça. Nesse tipo de manutenção, são diagnosticados sinais de desgaste em várias partes do automóvel. Corrigi-los antes que afetem outras peças é muito importante e economiza muito dinheiro. Mas, lembre-se de que os componentes de um carro têm vida útil e trabalham em conjunto.

Um exemplo de componente que afeta o desempenho dos freios é o amortecedor. Quando desgastados, eles aumentam a distância de frenagem do veículo. Isso ocorre porque o contato dos pneus com o solo não é o ideal — e, por mais que a roda seja bloqueada, o carro não vai parar rapidamente.

Troque as pastilhas de freios

As pastilhas garantem a fricção com o disco de freio e fazem o veículo desacelerar ou parar. Com o tempo, a superfície desse conjunto fica desgastada ou vitrificada (trincada), perdendo sua aderência e precisão na hora da frenagem. A manutenção do sistema de freio automotivo deve detectar essas condições e sempre que forem constatadas é aconselhada a troca.

Não solicite a retífica de discos

Se o disco estiver irregular, ou seja, com sua superfície ligeiramente ondulada ou trincada, troque-o imediatamente.

Quando os componentes de sistemas de segurança apresentam problemas, deve-se priorizar a troca por itens novos. Portanto, fuja de recuperações milagrosas, até porque, quando o assunto é valor, a diferença é pequena. Ou seja, é melhor contar com um produtos mais novos e originais.

Cuide do fluido de freio

Esse fluido é essencial para transferir a força da frenagem para as rodas. Quando ele está contaminado vai perdendo eficiência e danificando outros componentes, já que o fluido contaminado vai atacar componentes como cilindros, pinças e tubulações.

O ideal é fazer a substituição do fluido do freio de acordo com o recomendado pala montadora, essa informação é facilmente encontrada no manual do proprietário.

Qual é a importância da manutenção do sistema de freio?

Caso seja um leitor frequente do nosso blog, você já sabe como gostamos de frisar esse ponto. A manutenção automotiva, sobretudo a preventiva, não é apenas um ato de cuidado com o próprio veículo, mas uma prática de responsabilidade social.

Afinal de contas, manter o seu carro em dia impacta positivamente a segurança de todas as pessoas com quem você divide as estradas. E o mesmo princípio vale para o sistema de freio automotivo. Com componentes em boas condições, você tem a certeza de que não está colocando a vida de ninguém em risco.

Mas, para além disso, também é importante lembrar da generalização do desgaste. Como é normal em qualquer conjunto mecânico, o bom funcionamento depende da ação coordenada e precisa entre várias peças. Além disso, deve executar suas funções com precisão nos tempos e intensidades corretos.

Por conta disso, andar com os freios gastos é provocar indiretamente a deterioração de outros componentes. Com o tempo, você pode notar desgastes nos pneus e nos elementos da suspensão.

De quanto em quanto tempo checar os freios do carro?

Em geral, as peças que fazem parte do sistema de frenagem trabalham com eficiência até os 20 mil quilômetros. No entanto, as condições e variações de uso podem alterar esse parâmetro, causando desgastes prematuros em alguns componentes.

A recomendação é que a checagem seja realizada seguindo criteriosamente as recomendações da montadora. Portanto, agir preventivamente é a melhor maneira de economizar e garantir segurança.

Qual é a vida útil dos componentes?

É muito importante prestar atenção à vida útil dos componentes de um carro, especialmente o sistema de freio automotivo. Ignorá-la pode colocar a sua segurança em risco e causar acidentes graves.

Fluido, tubulações, pastilhas e lonas

A sua atenção tem de ser redobrada em relação ao fluido de freio. Como você percebeu ao longo deste texto, ele é fundamental para o bom funcionamento do sistema. E a substituição deve ser feita de acordo com recomendação da montadora do veículo.

É importante mencionar que o nível não deve ser completado. Se ele cair, leve o veículo a uma oficina especializada para apurar a causa e fazer a troca.

As tubulações — especialmente as flexíveis — devem ser verificadas a cada 10 mil quilômetros rodados. Pastilhas e lonas são os componentes do sistema de freio automotivo que apresentam mais desgastes.

As lonas costumam ser trocadas a partir de 50 mil quilômetros rodados. Já as pastilhas, até 20 mil. Porém, é importante deixar claro que o desgaste desses componentes depende muito da forma como o condutor utiliza o veículo. A durabilidade pode variar muito e deve ser verificada constantemente.

Servo freio, cilindro mestre, disco de freio e tambor

Algumas peças do sistema de freio têm uma vida útil bem longa. Apesar disso, é recomendado sempre prestar atenção aos sinais de desgaste.

Tambor e disco de freio não têm um prazo específico para realizar uma substituição. Os seus desgastes dependem muito da forma como o veículo é conduzido. Por serem componentes de longa durabilidade, se a troca for necessária, é recomendável usar peças novas.

Recomenda-se que todo o sistema de freio automotivo seja revisado a cada 10 mil quilômetros ou quando apresentar algum dos sintomas mencionados.

Quais cuidados devem ser tomados com esse sistema?

Realizar manutenções preventivas no veículo e manter o sistema de feio em ordem evita muitas dores de cabeça e garantem a sua segurança. Mas, só isso não basta: também é preciso ter alguns cuidados para não desgastar componentes de forma precoce, como pastilhas e lonas — especialmente quando novos.

Evite abusar dos freios quando recém-instalados

Ao trocar pastilhas de freio ou lonas, é comum observar uma perda de desempenho das frenagens. Isso acontece quando o material demora um tempo para assentar, ou seja, para ajustar os demais componentes. Nos 500 quilômetros após a troca, recomenda-se usar o freio mais suavemente e evitar as primeiras situações de frenagem brusca.

Aliás, frear bruscamente o veículo deve ser evitado sempre que possível. O sistema de freios suporta forças intensas, mas, se submetidos à intensidade repetidas vezes, os componentes se desgastam de forma mais rápida. Em muitos casos, podem até falhar completamente.

Sempre deixe o carro engatado durante as descidas

Um erro comum, que causa muitos problemas, é usar o freio constantemente durante descidas. Em declives, mantenha o carro engatado e use o freio motor.

O sistema de freio automotivo funciona por atrito, o que gera bastante calor. Usá-lo por muito tempo faz com que os componentes esquentem demais, causando seu desgaste precoce e perda de eficiência.

Não trafegue com peso excessivo no veículo

Outro grande problema é trafegar acima do limite de peso do veículo. Lembre-se de que o sistema de freio terá de suportar o peso do carro, dos ocupantes e seus pertences. Ultrapassar o limite máximo permitido, além de reduzir a sua funcionalidade, pode danificar outros componentes do automóvel — como amortecedores e pneus.

Não use o freio de mão  quando em movimento

Como você viu ao longo deste conteúdo, o freio de mão é indicado somente quando o veículo estiver parado. Usá-lo com o carro em movimento, além de pouco eficaz, pode danificar componentes e causar danos sérios.

Ao frear apenas as traseiras do veículo durante uma curva, ou em um solo com baixa aderência, as chances de perder o controle do carro são enormes.

Tenha cuidado redobrado ao frear em curvas

Já aqui, temos uma dica de comportamento dinâmico, ou seja, a forma como o veículo desempenha uma trajetória na estrada. Bem, caso ainda não saiba, frear em curvas não é uma das melhores ideias do mundo. Afinal, um veículo nada mais é do que um corpo evidentemente pesado que está em movimento.

Por conta disso, imagine o seguinte: durante uma curva, se você apenas acelera ou não faz nada, contribuirá com o contorno da trajetória, seja mais rápido (acelerando), seja no tempo previsto (não fazendo nada). Em contrapartida, ao frear em uma curva, você adiciona uma força de resistência contra a trajetória.

Por esse motivo, a frenagem não faz com que você contorne a curva em menor velocidade, mas atrapalha a sua capacidade de desenvolvimento o desenho da curvatura. A situação piora se a frenagem for brusca, pois, nesse caso, a trajetória curvada é substituída por uma de linha reta. Diante disso o mundo ideal é entrar em uma curva na velocidade compatível ou  menor, nunca maior.

Faça a manutenção dos freios em oficinas de confiança

Sempre que chegar o momento de fazer qualquer revisão no carro, opte por estabelecimentos credenciados que tenham boa reputação e ofereçam garantias. O profissional da oficina deve ter a experiência necessária para saber o momento ideal de trocar as peças e como isso deve ser feito a fim de garantir segurança.

Prefira peças de boa qualidade

No momento de trocar os componentes do sistema, é necessário considerar o tipo de peça que será utilizado.

O ideal é sempre escolher as peças de fornecedores reconhecidos pelo mercado  e certificadas pelo Inmetro, que apresentam maior durabilidade e eficiência de funcionamento, garantindo mais tranquilidade para quem está no volante.

Agora que você já conhece tudo sobre o sistema de freio automotivo e entendeu por que mantê-lo em ordem é tão importante, não se esqueça de fazer a manutenção preventiva no seu carro. Não coloque a sua vida em risco e garanta a boa conservação do seu veículo!

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